CIPA: SOLUÇÃO OU PROBLEMA?
Essa sempre foi à pergunta de grande analogia pelos
empregadores e também por parte dos empregados, se fomos responder com base nas
experiências pessoais e em uma breve pesquisa através de nossos colegas de
profissão, provavelmente encontraremos a resposta “problema”, com essa
resposta, me vem a mente outra pergunta, quem são os culpados por isso?
Outra resposta rápida pra isso seria, culpar o SESMT, o dono
da empresa, ou os próprios funcionários, infelizmente não temos uma resposta
precisa para isso, o que podemos adiantar para essa situação, que o conjunto de
todas essas hipóteses, seriam os culpados, além de outras tantas ocorrências,
então qual seria a solução para a CIPA se tornar uma SOLUÇÃO para que muitos dos
problemas em segurança e proteção contra acidentes das empresas fossem
resolvidos?
Vejamos, se existe um conjunto de culpados, vamos começar
pelo de maior importância, por ser o responsável pela implantação da CIPA, o
empregador carrega consigo o maior fardo, pois ele precisa acreditar e investir
na CIPA, exigindo dessa, resultados positivos, ações de melhoria e,
principalmente participação ativa em todos os processos da empresa, além disso,
ele deve eleger para compor seus representantes, profissionais, não somente de
sua confiança, mas aqueles dispostos a assumir essa condição e que sejam cheios
de ideias e realmente que venham a se interar nas questões de segurança e saúde
no trabalho.
Em segundo lugar vem o SESMT, responsável pelo treinamento,
suporte e acompanhamento das ações planejadas até que seus resultados sejam
conquistados, não devendo criar rixas e muito menos tratar a CIPA como uma
ameaça aos seus registros ou conselhos de classe, por exemplo, quando o
empregador não quiser cumprir alguns prazos contidos na norma, prorrogando com
isso algumas Atas ou Instalações, O SESMT com seus profissionais de segurança
do trabalho terão uma dupla função em determinadas situações, orientando a CIPA,
tanto como o empregador, ou seja, ter flexibilidade para contrabalancear os anseios
da empresa e as frustrações dos cipeiros.
E por fim vemos os próprios empregadores, aqueles que por
livre e espontânea vontade se candidatam e logo em seguida “jogam a toalha”,
não querendo sequer participar da única reunião mensal sendo ainda incapazes de
num período de 12 meses realizarem algum trabalho ou ação que, por menor que seja
possa trazer benefícios ao grupo ou mesmo a si próprio em relação à saúde ou a segurança,
pois ao contrário disso usam sua candidatura para gozarem de uma falsa
estabilidade que, interferi em muitas das vezes até em suas funções de obreiro,
por achar que agora suas atitudes são invioláveis.
O texto é bem simples, mas nos faz refletir o quanto as vezes
não devemos achar que a culpa é de um determinado setor ou de algum grupo específico,
mas, que isso pode ter sido oriundo de uma cultura, de uma questão de
comodidade ou de uma visão deturpada, ou talvez, simplesmente porque ninguém resolveu
mudar e verdadeiramente investir em uma Comissão de tão grande importância e de
uma multidisciplinaridade que tantas outras não tem e nem possuem
disponibilidade para tal formação. A mensagem aqui é para termos olhos críticos
e investirmos com mais afinco em nossas CIPA, seja nós; empregador, técnicos e
engenheiros ou membros da CIPA, vamos acreditar que podemos contar com as mais
diversas soluções para; perigos, riscos e planejamentos de ações
coletivas e de proteções para os mais diversos tipos de condições que envolvam
nossos colaboradores.
MARCELO FERREIRA
Diretor Adj. de RH
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