Segurança Patrimonial - Quem deverá assumir?
Ouvi uma vez alguém dizer que “segurança patrimonial é igual política e futebol, todos entendem um pouco”, o que a frase quer dizer é que, sempre haverá palpites, intervenções e pessoas não entendidas se envolvendo nos assuntos correlatos. Seria essa pessoa o Técnico em Segurança do Trabalho? Não vou responder a pergunta, porque entendo que a resposta irá depender de diversos fatores, então deixo para que o leitor reflita.
Mas não poderia deixar de explorar alguns aspectos que envolvem esta responsabilidade. Hoje em dia e se tratando de empresas de grande porte, a segurança patrimonial e empresarial na grande maioria das vezes é composta por empresas terceirizadas, talvez por dois motivos relevantes, primeiro que a contratante, se eximirá da escala de serviço e de pessoal treinado para o caso de substituição, além dos direitos do trabalhador; segundo que não se preocupará com capacitação específica com relação as ações tomadas em situações críticas, apesar que aqui entra uma dúvida ou uma certeza, será que vigilantes e porteiros estão condicionados a agirem em situações de refém, a quem diga que nem a Polícia Militar em todos os seus organismos está!
Geralmente é aí que entra um funcionário da empresa para servir de responsável por este pessoal e, na maioria das vezes a escolha é direcionada ao Técnico em Segurança do Trabalho. A questão é, até que ponto isso poderá ser saudável, e quais os benefícios e prejuízos? Para o técnico benefício será difícil, talvez em seus rendimentos, para o empregador sim, pois terá alguém que possa ser responsabilizado. Na realidade, a necessidade da empresa em contar com esse encarregado será em diminuir ou até eliminar erros de controle de documentação bem como seus vencimentos, porque mesmo que o técnico capacite alguém do grupo, amanhã poderá assumir outro em seu lugar, então o que isso gerará será sempre dúvidas por partes dos vigilantes que por saberem que estão “ancorados” por um encarregado da empresa, não darão um passo sem antes comunicá-lo, se o técnico tiver pouco serviço na sua área, isso será uma benção, mas se ele for daqueles atolados em diversas atividades, isso lhe trará um transtorno.
Alguém pode ter uma brilhante idéia e dizer; se uma das atribuições é controlar documentação e prazos de vencimento de terceirizadas, por que não atribuí-los ao pessoal do RH. Aí virá a réplica, porque o técnico está sempre circulando pelos setores em uma dinâmica de prestezas, em contra partida o pessoal do RH sempre quietinho em suas mesas fixas, isso tornará inviável. Entretanto já vi empresas que optaram em selecionar como encarregado da vigilância, um funcionário aposentado pela própria empresa que conheça bem a sua política.
Enfim com uma boa conversa e dependendo das necessidades da empresa a escolha deste profissional poderá ser decidida por diversas razões, hoje sabemos que há cursos superiores em Gestão Empresarial e Patrimonial, ou vamos continuar vendo casos absurdos de pequenas empresas que adotam a função de recepção aos porteiros e para a segurança total de todos e do patrimônio, informalmente convidam policiais militares em seus horários de folga, (ou é o que imaginamos) para na maioria das vezes serem “super-heróis” sozinhos capazes de garantir uma real segurança, e por aí vai, encontraremos outros casos e escolhas estapafúrdias.
A lição disto tudo é, sempre resolver as questões de vital importância da empresa com um bom planejamento, sempre visando atender além dos bens materiais, também a integridade de todo o contingente que pela empresa tem acesso, e uma das regras básicas é a comunicação, quem não se lembra do acidente ocorrido na Plataforma de Petróleo Piper Alpha, essa comunicação deverá ser eficiente, onde interligará os setores vulneráveis com uma equipe de gestores competentes para a solução de eventuais sinistros, como é caso dos profissionais da elétrica, manutenção, ambulatório, bombeiros etc., que interagem diretamente com o SEESMT, a falta de comunicação ou sua ineficiência sempre trará o desconforto, certa vez um Sargento Bombeiro relatou; que ao atender uma solicitação do COBOM de sinistro no interior de uma empresa, foi recebido pelos vigilantes que não sabiam da ocorrência e, barrando a viatura no portão disseram: “NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A ENTRAR”.
MARCELO FERREIRA
Técnico em Segurança do Trabalho
macerreira@gmail.com
Mas não poderia deixar de explorar alguns aspectos que envolvem esta responsabilidade. Hoje em dia e se tratando de empresas de grande porte, a segurança patrimonial e empresarial na grande maioria das vezes é composta por empresas terceirizadas, talvez por dois motivos relevantes, primeiro que a contratante, se eximirá da escala de serviço e de pessoal treinado para o caso de substituição, além dos direitos do trabalhador; segundo que não se preocupará com capacitação específica com relação as ações tomadas em situações críticas, apesar que aqui entra uma dúvida ou uma certeza, será que vigilantes e porteiros estão condicionados a agirem em situações de refém, a quem diga que nem a Polícia Militar em todos os seus organismos está!
Geralmente é aí que entra um funcionário da empresa para servir de responsável por este pessoal e, na maioria das vezes a escolha é direcionada ao Técnico em Segurança do Trabalho. A questão é, até que ponto isso poderá ser saudável, e quais os benefícios e prejuízos? Para o técnico benefício será difícil, talvez em seus rendimentos, para o empregador sim, pois terá alguém que possa ser responsabilizado. Na realidade, a necessidade da empresa em contar com esse encarregado será em diminuir ou até eliminar erros de controle de documentação bem como seus vencimentos, porque mesmo que o técnico capacite alguém do grupo, amanhã poderá assumir outro em seu lugar, então o que isso gerará será sempre dúvidas por partes dos vigilantes que por saberem que estão “ancorados” por um encarregado da empresa, não darão um passo sem antes comunicá-lo, se o técnico tiver pouco serviço na sua área, isso será uma benção, mas se ele for daqueles atolados em diversas atividades, isso lhe trará um transtorno.
Alguém pode ter uma brilhante idéia e dizer; se uma das atribuições é controlar documentação e prazos de vencimento de terceirizadas, por que não atribuí-los ao pessoal do RH. Aí virá a réplica, porque o técnico está sempre circulando pelos setores em uma dinâmica de prestezas, em contra partida o pessoal do RH sempre quietinho em suas mesas fixas, isso tornará inviável. Entretanto já vi empresas que optaram em selecionar como encarregado da vigilância, um funcionário aposentado pela própria empresa que conheça bem a sua política.
Enfim com uma boa conversa e dependendo das necessidades da empresa a escolha deste profissional poderá ser decidida por diversas razões, hoje sabemos que há cursos superiores em Gestão Empresarial e Patrimonial, ou vamos continuar vendo casos absurdos de pequenas empresas que adotam a função de recepção aos porteiros e para a segurança total de todos e do patrimônio, informalmente convidam policiais militares em seus horários de folga, (ou é o que imaginamos) para na maioria das vezes serem “super-heróis” sozinhos capazes de garantir uma real segurança, e por aí vai, encontraremos outros casos e escolhas estapafúrdias.
A lição disto tudo é, sempre resolver as questões de vital importância da empresa com um bom planejamento, sempre visando atender além dos bens materiais, também a integridade de todo o contingente que pela empresa tem acesso, e uma das regras básicas é a comunicação, quem não se lembra do acidente ocorrido na Plataforma de Petróleo Piper Alpha, essa comunicação deverá ser eficiente, onde interligará os setores vulneráveis com uma equipe de gestores competentes para a solução de eventuais sinistros, como é caso dos profissionais da elétrica, manutenção, ambulatório, bombeiros etc., que interagem diretamente com o SEESMT, a falta de comunicação ou sua ineficiência sempre trará o desconforto, certa vez um Sargento Bombeiro relatou; que ao atender uma solicitação do COBOM de sinistro no interior de uma empresa, foi recebido pelos vigilantes que não sabiam da ocorrência e, barrando a viatura no portão disseram: “NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A ENTRAR”.
MARCELO FERREIRA
Técnico em Segurança do Trabalho
macerreira@gmail.com
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